Eram onze da noite e ouvi, a meio de uma conversa, alguém dizer: "Eu não sou racista mas não gostava que a minha filha casasse com uma pessoa de cor". Pois bem, dizer isto é ser-se racista (por muito que tentemos mascará-lo com uma proclamação de não racismo antes das palavras discriminatórias). No fundo esta frase significa que se aceita o outro mas só se não formos confrontados com a hipótese de o ter "infiltrado" na nossa vida, na nossa família e na nossa intimidade. Aceitar o outro parcialmente não é aceitar, é ser-se fingido, é estar a enganar-se e aos outros. Se eu não sou verdadeiramente racista não me faz diferença se o outro se casa com os meus filhos ou não e consigo perceber que o "ser de cor" não quer dizer porra nenhuma porque todos temos uma cor, a da nossa pele, e uma raça, a humana, e um coração e dois pulmões e dois olhos mais ou menos rasgados, tanto faz! Não há duas pessoas iguais sejam brancos, pretos, amarelos ou cor-de-laranja e ser-se verdadeiramente não racista é aceitar o outro e pronto. É perceber que não existem de facto raças mas diferenças, existo eu, tu e o outro num mundo meu, teu e nosso onde todos temos (ou devíamos ter) direito de existir. 

2 comentários

  1. Odeio esse tipo de pessoas... enfim... acho que até vai de encontro ao vídeo que coloquei no Reino. Vai dar uma vista de olhos.. já tinhas visto?
    Beijinhos,
    O meu reino da noite ~ facebook ~ bloglovin'

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  2. Desconhecia o vídeo e acho-o tão porreiro que até vou partilhar o link: https://www.youtube.com/watch?v=tyaEQEmt5ls

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