Hoje li um artigo sobre uma campanha que está a decorrer no Brasil para sensibilizar para o desperdício de água e lembrei-me dos bidões amarelos de Moçambique. Lembrei-me de mulheres e crianças a andar quilómetros até chegarem a um poço de água não potável e que muitas vezes não sabem que têm que ferver antes de consumir. Lembrei-me da azáfama em torno daquela cova tosca feita no chão e da espera paciente pela sua vez. Lembrei-me que depois há o regresso a casa, nem sempre logo ali perto, com os pesados bidões em mão. Lembrei-me disso e de como temos sorte porque para nós, países do norte, tudo se resume a abrir uma torneira e deixar correr. Como para nós não é um bem escasso (é, mas não nos apercebemos porque é fácil abrir a torneira), esquecemo-nos de a fechar enquanto esfregamos os dentes, os pratos ou tomamos um duche. Esquecemo-nos facilmente que a água é o nosso bem mais precioso e que se esgota. Esquecemo-nos disso tudo e deixamo-la correr indiscriminadamente pelo ralo abaixo.  

1 comentário

  1. Tens toda a razão... devíamos todos fazer um esforço maior por salvaguardar um dos bens mais preciosos que temos. Por nós e pelos outros.

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